segunda-feira, 28 de abril de 2008

Escravidão, um problema de décadas no Brasil

O tempo passa e cada vez mais surgem casos de trabalho escravo no país. Já são cerca de 30 mil pessoas expostas ao trabalho forçado, conforme dados da Comissão Pastoral da Terra





Ligia Bernar e Rodolfo Souza
Da disciplina da Prof. Ana Prado

Após mais de 100 anos da assinatura da Lei Áurea o nosso País ainda convive com as marcas deixadas pela exploração da mão-de-obra escrava. Conforme cálculos da Comissão Pastoral da Terra (CPT) existem no Brasil 30 mil pessoas submetidas às condições análogas ao trabalho escravo. Os dados constituem uma realidade de grave violação aos direitos humanos, que envergonham não somente os brasileiros, mas toda a comunidade internacional. “No Brasil, a escravidão contemporânea manifesta-se na clandestinidade e é marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, racismo, clientelismo e desrespeito aos direitos humanos”, alertou o então ministro especial dos direitos humanos, Nilmário Miranda.Em 2003, durante o primeiro ano do mandato do Presidente Luis Inácio Lula da Silva o Governo Federal lançou o Plano Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo. Mais uma medida preventiva de combate ao trabalho análogo à escravidão no Brasil. Esta foi uma iniciativa da Comissão Especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana da Secretaria Especial dos Direitos Humanos em parceria com a Organização Internacional do Trabalho – OIT. Mesmo assim, o índice de trabalhadores encontrados em situação degradante de trabalho só faz aumentar, constantemente.Mesmo com o surgimento de projetos como o “Escravo Nem Pensar”, que tem o objetivo de diminuir, através da educação e da comunicação comunitária, o número de adolescentes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aliciados para o trabalho escravo na fronteira agrícola amazônica, este índice só faz crescer. Outra iniciativa acontece na Câmara Federal onde os parlamentares pressionam a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do trabalho escravo. A mobilização é promovida pelas associações nacionais dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a organização não-governamental Repórter Brasil. Esta PEC propõe a expropriação da terra onde for encontrado trabalhador em situação análoga à escravidão ou plantações de psicotrópicos ilegais.Para a coordenadora nacional do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo e representante da OIT, Patricia Audi, o trabalho escravo não é uma exclusividade de países em desenvolvimento, ou seja, de países pobres, ele existe em todas as economias do mundo, em todas as regiões e apresentando as mais diversas formas. “O Brasil foi um dos primeiros países perante a OIT, a reconhecer o problema. E criou desde 95 o grupo móvel de fiscalização, formado por fiscais, procuradores do trabalho e policiais federais e atende denúncias em todo o país”, explicou a coordenadora.

No Pará, crescimento também é constante
São Felix do Xingu e Santana do Araguaia lideram este derradeiro marco

Dados da Comissão Pastoral da Terra alertam que 35%, dos cerca de 30 mil trabalhadores submetidos a condições de trabalho escravo, estão concentrados no Pará, o que confere ao estado o título de "campeão nacional de trabalho escravo". A maioria das ocorrências de trabalho escravo no Pará foi localizada nos municípios de São Félix do Xingu e Santana do Araguaia, mas há também em outros interiores do estado.Segundo estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2000 foram registrados no Brasil 465 casos de trabalhadores escravos libertados após denúncias, em 2001 foram 2.416 casos e em 2002, 4.143 casos. No ano passado, foram libertados 5.659 trabalhadores rurais, sendo 2.546 somente no Pará. Para o professor da UFPA, Ronaldo Marcos de Lima Araújo, o trabalho escravo contemporâneo pode ser caracterizado como aquele em que o empregador sujeita o empregado a condições de trabalho degradantes e o impede de desvincular-se de seu "contrato", como por exemplo, a retenção de salários, a violência física e moral, a fraude, o aliciamento, o sistema de acumulação de dívidas, além das jornadas de trabalho longas, a supressão da liberdade de ir e vir, o não-fornecimento de equipamentos de proteção, a inexistência de atendimento médico, a situação de adoecimento, o fornecimento de água e alimentação inadequadas para consumo humano e entre outros.Só neste ano, 15 pessoas já foram denunciadas à Justiça Federal por submeterem trabalhadores a condições semelhantes ao regime de escravidão no Pará. Em sete ações do Ministério Público Federal (MPF) no Estado, as acusações mais freqüentes estão na falta de condições mínimas de higiene, moradia e alimentação, ausência na formalização dos contratos de trabalho e de equipamentos de proteção, indução ao endividamento, além do trabalho infantil e de outras irregularidades.Entre os denunciados no ano passado encontram-se prefeitos, nos quais os nomes estão sob sigilo judicial, os acusados pela morte da missionária Dorothy Stang Regivaldo Pereira Galvão e Vitalmiro Bastos de Moura, e os responsáveis pela fazenda e usina Pagrisa, de Ulianópolis, em que um grupo especial de fiscalização do Ministério do Trabalho retirou 1.064 empregados de condições escravocratas. Essa libertação foi considerada a maior já realizada pela equipe.

Organização-não governamental trabalha em prol do combate ao Trabalho Escravo

A ONG Repórter Brasil, desde 2001 é considerada um dos principais veículos a cobrir o tema do trabalho escravo no Brasil e a pautá-lo na mídia e nos debates da opinião pública. Atua em parceria com outros veículos de comunicação para a publicação de notícias, artigos e reportagens e realiza seminários voltados para jornalistas, sociedade civil e formadores de opinião.Em abril de 2006, lançou a Agência de Notícias sobre Trabalho Escravo – o primeiro veículo jornalístico voltado para o tema no Brasil, com função de aumentar a circulação de informações a respeito da escravidão contemporânea e de todas as formas de trabalho degradante, servindo de pauta para outros veículos de comunicação e de subsídio para ações dos três poderes e da sociedade civil. E, além de informar jornalistas, governo e sociedade, ela também tem como um dos alvos principais as organizações sociais que atuam junto aos trabalhadores rurais e urbanos de municípios do Norte, Nordeste e Centro-Oeste com grandes índices de ocorrências de Trabalho Escravo. Clique aqui e confira a relação dos nomes dos denunciados em 2008 pelo Ministério Público Federal, incluíndo as respectivas fazendas e municípios.Serviço- Para denunciar o trabalho escravo, você deve procurar a Delegacia Regional do Trabalho - DRT, o Ministério Público do Trabalho ou ligar diretamente para Secretaria de Inspeção do Trabalho em Brasília. O número é (61) 3317-6435. A identidade da pessoa que denuncia é preservada. A Delegacia Regional do Trabalho (DRT/PA) está localizada na rua Gaspar Viana, nº 284. Telefone: 3211-3500. E o Ministério Público, na av. Nazaré, nº 766. Telefone: (91) 3241-6555

Maiores informações com relação ao tema Trabalho Escravo, acesse os sites relacionados abaixo:
OIT -- http://www.oitbrasil.org.br/
ONG Repórter Brasil -- http://www.reporterbrasil.com.br/conteudo.php?id=36
Agência Brasil -- http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/08/24/materia.2006-08-24.8036267606
Cut -- http://www.cut.org.br/
Combate ao Trabalho Escravo --http://www.oitbrasil.org.br/trabalho_forcado/legis_jur/intro.swf

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

De uma jornalista

“Vocês estão espalhados por tudo que é lugar”, comentário da jornalista Irna Cavalcante, repórter do jornal O Liberal, após ser informada que mais um acadêmico de jornalismo da turma 6JLN11 iria estagiar aos olhos dela. “Vocês heim. Essa sala tá contaminando todos os lugares, tem gente no jornal, na Assembléia Legislativa, nas ORM, na RBA, Funtelpa e até na Record”, declarou. Além dos estudantes que estão espalhados nos órgãos públicos e agências de comunicação. E isso é verdade. Alguns deles se desdobram em até dois empregos. Quanta vitalidade.

Alguém ainda acredita?

O bicho pegou no treino do Remo, ontem, no Mangueirão, jogador dando cotovelada em companheiro, bate-boca entre zagueiro e atacante. A coisa ficou feia no Evandro Almeida. Crise geral e torcida desesperada, sem esperanças de ver qualquer reabilitação.

Que fique claro

O blog não tem o objetivo de “brincar” ou fazer “piada” com o jornalismo realizado no Pará. Nem mesmo subestimar as ações dos profissionais, até por que não temos poder para isso. Se não o fizeram antes do surgimento do blog, agora mesmo que não irão fazer. Somos apenas acadêmicos de jornalismo, porém é nosso dever lutar pela melhoria das analises das informações que são repassadas ao público.
De certo, o objetivo do blog é levantar debates desde que sejam concretos em discutibilidade. Trabalhar o ego dos outros não faz parte da metodologia do meio, da mesma maneira que não visa desmoralizar os nossos meios de comunicação.
O interessante é a continuação do debate, com censo moral e legal.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Postado no Blog do Barata

BLOG – A irreverência dos acadêmicos em forma de blog
Vale a pena acessar, com a devida condescendência para com os eventuais senões, o blog feito por acadêmicos de comunicação. O blog - cujo endereço eletrônico é http://www.focaslinguarudos.blogspot.com/ – tem como marca registrada a impiedosa irreverência que é própria da juventude, condimentada por uma boa dose de bom-humor.Na edição de domingo, 14, o blog traz, por exemplo, uma irreverente leitura sobre a imprensa esportiva paraense, rastreando eventuais gafes, o que sugere um senso crítico extremamente saudável. Tanto mais saudável, diga-se, se for também aplicado ao irreverente blog e aos responsáveis por ele, que ainda têm a virtude adicional do bom-humor, como permite entrever a matéria intitulada “Santinha rogai por nossa imprensa esportiva”.

Papai Noel chegou mais cedo na Assembléia Legislativa

Foi ontem de manhã. O plenário da Assembléia Legislativa recebeu uma visita especial: o bom velhinho não chegou de trenó, mas acompanhado de bonecos encantados e seus fiéis escudeiros. Não é brincadeira. A visita ocorreu ao término da sessão solene que homenageou os 140 anos de fundação do Grêmio Literário e Recreativo Português. O Papai Noel entrou no plenário ao lado dos atores da Vila Encantada do Grêmio Português, em uma das apresentações que acontecem durante o período natalino na sede do clube.
Várias crianças da Escola do Legislativo esperavam ansiosas a chegada do bom velhinho, que distribuiu bombons para a criançada e posou para fotos junto com elas. Fotos que também foram disputadas pelos adultos que agradeceram a oportunidade de relembrar os velhos tempos. Deputados e convidados da sessão também recordaram o momento. E pensar que toda essa alegria poderia vir por água abaixo. O coordenador do cerimonial da Assembléia Legislativa não aprovou a encenação do Papai Noel e a apresentação dos atores da Vila Encantada. Por sorte, a apresentação foi liberada e as crianças que aguardavam o bom velhinho voltaram felizes para a sala de aula.

Violência e o fim...

A violência tomou conta da capital paraense. Fato marcante nas ruas e logradouros públicos, a violência urbana se espalhou pela capital com poucas chances de terminar, porém a governadora Ana Julia Carepa anunciou na semana passada que os indices de violência urbana nos bairros mais perigosos (Guamá e Terra Firme) diminuíram com relação ao mesmo período do ano passado.
Outras medidas tomadas pela governadora foi o anúncio da entrega de novas viaturas policiais. Tomara que essa problemática, que se tornou um debate público frequentemente deliberado pelos cidadãos e pelas instituições, possa ser resolvida e que definitivamente se encontre a santa paz.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Críticas

Todos nós já sofremos críticas. Mas será que sabemos lidar com elas? Algumas críticas são boas e deixam-nos muito satisfeitos, outras são desagradáveis e fazem com que fiquemos furiosos. Mas antes de chegar ao estado de fúria, há que perceber o caráter da opinião que lançaram sobre nós, pois nem sempre possuem sentido depreciativo. Muito pelo contrário. Ao elaborarem uma opinião depreciativa sobre o desempenho das suas funções, a reação mais imediata é a de criticar de volta. Está errado! A atitude mais coerente é, depois de assimilar a crítica na sua totalidade, perceber qual a natureza da mesma e se esta tem fundamento. Muitas vezes são as críticas por partes de terceiros que nos fazem perceber e corrigir os nossos erros e aperfeiçoar o que se realiza posteriormente. Assim chegamos a uma posição mais favorável pois conquistamos a oportunidade de melhorar a nossa performance e aprender com os nossos erros.
As críticas negativas também podem ser encaradas como um elogio e são a melhor forma de perceber as falhas que cometemos para depois as corrigirmos.
Não se deixe abater pelas opiniões ou censuras que os outros fazem de si. Aproveite ao máximo cada relato, cada afirmação, cada declaração favorável ou depreciativa para desenvolver e triunfar nas suas tarefas diárias.

De outro anônimo, mas agora com respaldo...

Ah o ego... Quando é ferido provoca reações “um tanto” ridículas...O “Sr. Experiência” deveria saber lidar melhor com as críticas, um verdadeiro jornalista deve primordialmente ser comprometido com a verdade e incansável na busca por informações precisas. Jornalistas são mediadores de notícias, sua matéria- prima é a informação e se o leitor não pode confiar nos jornais locais que se dizem “o melhor do norte” e carregam pra si a responsabilidade de ter “mais para ler”, onde encontrar dados e notícias confiáveis? Que cometer pequenos erros ou deslizes é natural e humanamente aceitável todo mundo sabe, no entanto seria muito bom se os jornalistas não apenas da imprensa esportiva, mas da imprensa paraense de todas as editorias buscassem a tal “perfeição”, que de fato pode até não existir, mas a busca por ela diminuiria significativamente os erros gritantes de nossos jornais. Por respeito ao leitor! Quanto ao texto, procurei de todas as formas encontrar um tom de deboche, ou desrespeito aos “experientes profissionais”, mas o que encontrei foi veracidade e não voracidade, portanto deixo aqui meus PARABÉNS ao foca, que não se calou e soube utilizar seu espaço e levantar esta questão. Que venham mais focas linguarudos para salvar o futuro do jornalismo paraense! Abraços Mais um foca!

Analisem... e falem mais sobre o post "Santinha rogai por nossa imprensa esportiva"

De um anônimo após ler o post "Santinha rogai por nossa imprensa paraense":

"Focas"?? Vocês ainda nem começaram a trabalhar e já estão errando? "Foca" é gíria para jornalista que começou a trabalhar há pouco tempo... Para acadêmicos, que ainda não trabalham, o termo, mesmo auto depreciativo, pega mal... Mas talvez isto se explique pela voracidade demonstrada pelos autores do blog em entrar no mercado de trabalho através de ataques contra os profissionais da mídia impressa paraense (quem é competente não precisa de artifícios tão mesquinhos)... Aliás, os patrões também sabem disto e este tipo de atitude só "queima" quem a pratica, sabiam?... Além disto, não ensinam mais ética nas universidades? E erros acontecem com qualquer um... Na dura rotina diária das Redações, ninguém zomba ou critica um colega por causa de um erro publicado. Porque todo mundo sabe que absolutamente todos são passíveis a erros, mas o que ninguém sabe é quem será o próximo a errar... Por isso existe, acima de tudo, entre nós, jornalistas experientes ou os verdadeiros "focas", um profundo respeito pelo ser humano e pelo profissinal companheiro de batalha... Mas enfim, só espero que esta futura geração de jornalistas tenha cacife para garantir a "perfeição" durante toda a sua carreira profissional, sem cair vítima de sua própria falta de escrúpulo... Abraços! E boa sorte!...

Acredite: não iremos nos calar!!!

domingo, 14 de outubro de 2007

Santinha rogai por nossa imprensa esportiva.

Todos deveriam saber que os três jornais impressos que temos na capital não são tão confiáveis, principalmente quando editam legendas nas fotos ou resolvem publicar um furo de reportagem.
Certa vez, o Amazônia Hoje publicou uma matéria sobre as inovações do técnico da Seleção Brasileira. Dunga convocara o meio campista Anderson, ex-Grêmio e Porto de Portugal, no entanto a foto que fora publicada não correspondia ao texto. Pela foto quem estaria convocado era Anderson Polga, zagueiro, que também jogou no Grêmio e hoje atua no Sporting de Portugal. Se o fato tivesse ocorrido em Portugal o jornal teria que se retratar pelo erro. Aliás, acredito que esse tipo de erro gritante só acontece em Belém.
Dias atrás outro jornal de grande circulação da capital e do estado, o O Liberal, que por sinal é dono jornal Amazônia Hoje resolveu publicar a escalação do técnico Dunga para um dos amistosos da seleção antes das eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O esquema era colocar a foto 3x4 do jogador e na legenda a posição e o clube que o jogador atua. Para minha surpresa, Alex, atualmente no Chelsea da Inglaterra fora convocado, mas a foto era do Alex, que joga no Fenerbahce da Turquia.
Na lateral direita, Maicon da Inter de Milão era o selecionado, mas a legenda dava outro nome ao jogador.
O Diário do Pará tem um caderno “especializado” em esportes, uma grande iniciativa. No entanto, ler as matérias sobre esporte internacional é cada vez mais preocupante. Clubes e jogadores dificilmente aparecem no lugar certo.
E para finalizar um grande furo neste domingo do jornal O Liberal. A matéria informa que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 será disputado hoje. A prova, no entanto só será disputada no próximo dia 21, domingo. Isso seria um grande furo de reportagem, digno da imprensa esportiva do Pará. Mesmo com o erro, amanhã, será bem possível que um dos jornais estrague a nossa festa revelando quem foi o campeão mundial de fórmula HUM.
Se acontecer algo parecido, desconfie!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Emoção

Durante a procissão da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré à caminho da igreja matriz de Ananindeua agora de tarde, uma devota sofreu principio de derrame e faleceu a caminho do hospital. Vizinhos que testemunharam o acontecido afirmam que a senhora estava muito emocionada antes da chegada de berlinda. Temos que segurar nossas emoções para que situações parecidas não se repitam no domingo.

Admire a leitura

Nunca leia por hábito: um livro não é uma escova de dentes. Leia por vício, leia por dependência química. A literatura é a possibilidade de viver vidas múltiplas, em algumas horas. E tem até finalidades práticas: amplia a compreensão do mundo, permite a aquisição de conhecimentos objetivos, aprimora a capacidade de expressão, reduz os batimentos cardíacos, diminui a ansiedade, aumenta a libido. Mas é essencialmente lúdica, é essencialmente inútil, como devem ser as coisas que nos dão prazer.

Sai ou não sai?

E a inauguração da nova Duque de Caxias sai ou não sai? Mais uma vez foi adiada a inauguração. Dizem que no dia 26 de outubro o corredor ecológico será entregue a população. Vamos aguardar, fazer o quê?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Olha a denúncia!!!

Coitado dos estagiários da Fundação de Telecomunicações do Pará - Funtelpa. Eles irão fazer a cobertura do Círio de Nossa Senhora de Nazaré no sábado e domingo. Um questionamento: como estagiários, os acadêmicos de jornalismo podem trabalhar nesse período? Leiam 'uma' cláusula do Termo de Compromisso assinado pelas empresas do Pará:
CLÁUSULA 5º - DA JORNADA DO ESTÁGIO
5.1 - A carga horária do estágio acadêmico não obrigatório será de 4 (quatro) a no máximo 5 (cinco)horas/dia, de segunda à sexta-feira, excluídos os dias de sábado e domingo, com exceção da área de esportes, que por sua especialidade, admite o estágio nos fins de semana, desde que não ultrapasse a jornada semanal máxima ora ajustada. Cadê o Sinjor nessas horas?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Por Edson Carvalho. Leiam:

Essa é pra quem gosta de músicas politicamente engajadas.
Serj Tankian, mais conhecido como “o vocalista do System of a Down”, acaba de lançar seu single na Internet, parte do CD Elect the Dead. Na verdade ele não acabou de lançar, mas como moro em Belém acabei assistindo ao videoclipe graças à bendita MTV americana que passa no meu local de trabalho.
Empty Walls segue a linha crítica contra o governo Bush e sua política belicista.
No vídeo, referências à Guerra do Iraque e seu Prólogo.

A representação começa em um playground,com crianças brincando e reconstituindo perante nossos olhos cenas marcantes que deram início e se desenvolveram ao longo da “batalha contra o terror”.
A garotinha brinca com seus blocos. Vemos um World Trade Center na forma de cubos de letras. Ela vê sua construção ser destruída por um aviãozinho de briquedo jogado por um “garoto malvado”. A partir daí, as disputas entre as crianças reconstituem fielmente fatos acontecidos na terra de Hussein. Após a invasão, um urso de pelúcia gigante que é derrubado com a ajuda de cordas, sem dúvida a cena de mais impacto do videoclipe. Além desta, há também referências às torturas na prisão de Abu Grhaib, carros-bombas, uma suposta declaração de sua missão cumprida, etc.

Enquanto as crianças brincam de fazer guerra, Serj toca vestido elegantemente com seu smoking e cartola.
Na cena final do vídeo a chacoalhada final: oficiais das forças armadas carregam o caixão de um soldado morto na guerra. O clichê pode parecer batido, mas conforme a música chega a seus acordes finais, mais clara fica a perplexidade do povo americano com a banalidade da cena e com os desdobramentos da guerra no Iraque.
Empty Walls conclui de forma interessante a denúncia musical iniciada em B.Y.O.B, no CD Mesmerize (2006), do System Of A Down, banda de Serj.

Vale a pena dar uma olhada: http://www.youtube.com/watch?v=BZSKvSz1roQ.

Evolução no Parlamento Estadual

As sessões da Assembléia Legislativa do Pará já estão disponíveis on line para qualquer cidadão com acesso à internet. Desde ontem as sessões começaram a ser transmitidas a qualquer pessoa que acessar o site www.alepa.pa.gov.br. No site você terá à disposição um link para acompanhar ao vivo os trabalhos dos deputados nas sessões legislativas. A transmissão é ao vivo. Esse é o primeiro passo para a implantação da TV Legislativa. A intenção do presidente da AL, deputado estadual Domingos Juvenil, é levar a TV Legislativa para a televisão aberta. Pretendo acompanhar amanhã, 11, pela internet, a sessão solene em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. E ela continua caminhando.

A festa da fé

Que linda festa. É o Círio de Nossa Senhora de Nazaré que está chegando. A cidade se transforma, vira outra, muito mais povoada e carismática, momento em que todos falam com todos unidos no abraço da fraternidade. Com peregrinações em órgãos públicos e privados, os funcionários se comovem e se fortalecem na fé que é repassada pela padroeira dos paraenses. Está se aproximando o dia: dia concreto da festa, com maniçoba, pato e peru no tucupi. Feliz Círio para todos.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

PPA: emendas ainda podem ser apresentadas

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Domingos Juvenil, do PMDB, anunciou nesta manhã no Plenário da AL que o prazo para apresentação de emendas para o projeto do Plano Plurianual (PPA) do quadriênio 2008-2011 será prorrogado até o dia 22 de outubro.
Anteriormente o prazo era o dia 08 de Outubro.
Os deputados têm o prazo legal até 30 de novembro para aprovar o PPA. Já o prazo da LOA (Lei Orçamentária Anual) termina no dia 20 de dezembro. O PPA detalha como será usada uma receita estimada de R$ 31 bilhões de reais para o Estado.

Nos bastidores das eleições

As últimas informações que chegam ao blog dão conta de que o Partido dos Trabalhadores já tem candidato para concorrer à Prefeitura de Ananindeua. Trata-se de Sandra Batista, ex-deputada estadual, egressa ao PT recentemente vinda do PC do B. A candidata tem potencial e conteúdo e vai dar trabalho ao atual prefeito Helder Barbalho (visa reeleição). A concorrência é grande e a disputa vai ser boa.

Oração das encalhadas

Com Deus eu me deito, com Deus eu me levanto. Até quando, meu Deus?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Especial

Está pronta a primeira entrevista do blog. Ela foi feita com a jornalista Adriana Martins, jovem como o público deste blog, 24 aninhos, a moça começou a trabalhar três meses depois de concluir a graduação em jornalismo na UFPA. Seu primeiro emprego foi como repórter no jornal Diário do Pará. Atualmente ela trabalha na assessoria de comunicação do Ideflor e do Cesupa (onde tive a oportunidade de trabalhar com ela, excelente profissional). Em nosso bate-papo, muitas curiosidades sobre a profissão, experiências e mercado jornalístico. Confiram:

Como o público do blog é consideravelmente jovem, a maioria é acadêmico de jornalismo, gostaria que falasses um pouco da tua experiência ao entrar tão cedo na redação do Diário do Pará; como foi sua adaptação e as principais dificuldades?

Eu fui contratada pelo Diário do Pará depois de três meses de formada e a notícia de trabalhar numa redação de jornal me deixou extremamente feliz, porque até então as minhas experiências profissionais se restringiram a estágios em assessorias de imprensa- UFPA e Eletronorte- que por sinal foram muito importantes para a minha formação.
O ambiente, no início me assustou um pouco, porque o dia-a dia de uma redação é completamente diferente de uma assessoria, o tempo é precioso e é preciso discernir várias informações sobre assuntos diferentes, para escrever três matérias por dia.
Mas a adaptação foi rápida, porque consegui me entrosar logo com os colegas de trabalho, para quem eu recorria sempre em casos de dúvidas e inseguranças. Tanto que fiz amizades que espero que dure a vida toda.


O que você aprendeu na redação e como foi a convivência na labuta da cobertura diária nas ruas? Fale um pouco sobre a cobertura do Caso Novelino.

Logo que ingressei na redação desejava ser repórter do caderno de Esportes- o Bola, devido ao meu gosto por futebol, mas fui surpreendida ao me escalarem de cara para cobrir política, uma área que eu nem sonhava me envolver. Passei alguns meses setorizada na Câmara Municipal de Belém e, seguida passei a cobrir a Assembléia Legislativa, onde eu permaneci durante nove meses ou mais. Demorei para pegar o gosto da coisa, mas acabei me acostumando e a gostar de escrever sobre o assunto. Para mim foi uma experiência fantástica, porque me fez crescer como profissional e conheci pessoas que foram e são importantes na minha vida.

Caso Novelino...

Fazer a cobertura do caso Novelino foi uma experiência única. Um crime hediondo e quase inacreditável. Pude acompanhar o sofrimento da família por não saberem do paradeiro dos irmãos, os passos da polícia para desvendar o crime, a prisão dos acusados, a busca dos corpos na Baia do Guajará e o enterro das vítimas. Passei horas de plantão na DRCO, a espera de notícias novas sobre o caso, era sempre uma correria quando os delegados chegavam. A adrenalina subia a qualquer momento.
Saí do Diário do Pará em junho deste ano, mas tive a oportunidade de acompanhar o desfecho do duplo homicídio. Gostaria de poder fazer a cobertura do julgamento do caso, mas não sei se será possível, devido aos meus novos compromissos profissionais.

O que os estudantes de jornalismo precisam para entrar no mercado competitivo do jornalismo, principalmente devido o advento de diversas universidades. Você acredita que esses cursos estão capacitados para formar um bom profissional?

Acredito que as novas faculdades estejam sim capacitadas para formar o profissional, o que me preocupa é o inchaço do mercado de trabalho, que aqui no Estado é tão escasso. São tantos jornalistas se formando todos os anos... Diante desse cenário, oriento que os estudantes busquem estágio na área o mais cedo possível, não só nos jornais, mas nas assessorias, para quando chegar ao mercado de trabalho tenha adquirido uma certa segurança em sua atuação como profissional. E façam especialização na área, principalmente em comunicação institucional, que acredito proporcionar melhores oportunidades aos jornalistas.

Quais as facetas que o jornalismo esconde; que cuidados precisamos tomar para não sermos atacados pela profissão?

Olha, eu ainda sou nova na profissão, ainda tenho muito o que aprender, mas o jornalismo é uma área apaixonante, mas muito perigosa, principalmente quando se trabalha numa redação de jornal. As matérias produzidas são repassadas ao grande público, por isso é necessário o máximo possível de cuidado com a apuração dos assuntos, para que as informações sejam repassadas da forma correta. Um erro de informação pode gerar processo para a empresa e para o próprio repórter.
A sede de emplacar um furo de reportagem muitas vezes cega alguns profissionais, que não medem esforços para informar em primeira mão assuntos que estão na pauta do dia. Nesses momentos é bom lembrar que um dia se estudou ética profissional.

sábado, 6 de outubro de 2007

Na volta para casa: homens trabalhando

O que uma eleição não faz? O prefeito de Belém resolveu trabalhar nos últimos seis meses para cá, e podem esperar que ele não vai parar até os últimos segundos antes das eleições.
Enquanto voltava de um show nesta madrugada, funcionários da prefeitura davam alguns retoques na nova Duque de Caxias: pintavam faixas, colocavam sinalizações de limites de velocidade. Um colega me perguntou ontem como ele poderia conseguir o asfalto do condomínio na qual mora. Respondi com rapidez e coerência. "Passa lá na Prefeitura que eles estão asfaltando até pensamento".

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Respondam essa enquete

Cinco alternativas pertubantes. Quais delas marcar? Fiquem à vontade para exercer o direito do voto.

Fanáticos e emocionados

Quem teve a oportunidade de assistir o Globo Esporte na hora do almoço, viu uma das mais belas perfomaces de torcidas de clubes brasileiros. Estou falando da exibição da torcida do Flamengo no jogo de ontem no Maracanã, quando o rubro-negro ganhou o líder do Brasileirão, o São Paulo, por 1x0. Mais de 68 mil pessoas lotaram o Maracanã prestigiando o Flamengo a garantir a vitória. Olhem que sou botafoguense, mas me arrepiei com o canto dos urubus. Merecem o reconhecimento e aplausos pelo gesto que foi de emocionar.

O casamento entre óculos e ronda policial!

No final de junho, fazendo um teste para vaga de estágio no jornal O Liberal - vaga essa que não foi preenchida até hoje - acompanhei a ronda policial ao lado da jornalista Kellem Cabral. Uma aventura casada com experiência que faria outras vezes. Marambaia, Paar, Icoaraci e Cidade Nova, por esses locais visitamos seis seccionais e apenas na última busca, na Marambaia, conseguimos uma pauta. Mas não pensem que sempre tem essa moleza, aquele dia foi um dia atípico. O texto produzido, por mim e por ela, partiu de um assalto de quase 4 mil reais de uma empresa de construção, o dinheiro seria pago aos funcionários, mas não chegou a tempo em suas mãos. Os assaltantes esperaram a pessoa sair do banco, e como já sabiam da quantia que a mesma teria sacado, trabalharam ali mesmo. Esse tipo de crime é chamado de parada dada. Dentre os vários conselhos que aprendi, um é muito importante: se for cobrir caderno policial use sempre óculos escuro... ele pode ajudar em outras ocasiões.

Acreditem sempre

Gostaria de felicitar meus companheiros de curso pela luta de entrar no mercado de trabalho, principalmente aqueles que estavam desanimados com o curso e com a escolha que teriam feito. Porém, as vezes notamos que a pressa realmente é inimiga da perfeição, e tudo o que foi adquirido até agora é um sinal de que somos capazes de conseguiur um ESPAÇO, e que não devemos baixar a cabeça para nada e nem ninguém. Exemplos de empenho e confiança estão no caminho certo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

AL homenageia Diário do Pará

A Assembléia Legislativa homenageou nesta manhã o jornal Diário do Pará, em comemoração ao 25° aniversário da empresa de comunicação. O presidente da AL, Domingos Juvenil, fez as honras ao diretor-presidente do jornal, Jader Barbalho Filho. A sessão solene aconteceu no plenário do Parlamento Estadual e contou com a presença de autoridades da sociedade paraense. O Diário do Pará foi fundado em 1982 por Laécio Wilson Barbalho. Uma história que ganhou capítulos importantes durantes 25 anos de trajetória informativa e opinativa. Um luxo o portfolio entregue pelo jornal na ocasião. Parabéns!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Eles são os donos das contas

Blog do Barata e 5ª Emenda, os dois blogs mais visitados no momento pelos paraenses. Qual o motivo de tanta visita? Interesse pelos assuntos, impulso pelo direito de opinar e criticar algo/alguém ou curiosidade. Em breve os "donos" dos blogs responderão aos questionamentos propostos.

Futebol e amadorismo

Esse assunto não pode faltar.
Em entrevista (trabalho acadêmico) feita recentemente com representantes da ATAR (Associação de Torcedores e Amigos do Remo) e da AMAP (Associação Movimento de Apoio ao Paysandu) sobre a atual situação dos principais clubes paraenses, caídos em dívidas, é relativo falar que a problemática que afeta os dois clubes, Remo e Paysandu, será solucionada. E é simples dizer por quê? O amadorismo impera nas diretorias, o discurso é igual para ambos departamentos de futebol: é preciso profissionalismo dos diretores, não bastando boa vontade dos mandatários para um gerenciamento correto. Tudo isso deve ser feito lado a lado com as associações de torcedores. As equipes regionais estão afundadas em crises financeiras e administrativas.
Por um lado, dirigentes bicolores confirmam que o trabalho desempenhado pelas associações de torcedores são importantes. “A Curuzu está de portas abertas para quem quiser ajudar”, frisa Joperso Coutinho, diretor de futebol do Paysandu. Por outro lado, atravessando a Almirante Barroso, o buraco é mais em baixo. O presidente azulino, Raimundo Ribeiro, e a ATAR não se dão nada bem, ou seja, relações cortadas entre ambos, porém os torcedores associados continuam trabalhando e incentivando o plantel de Antônio Baena. Vejam só, até pagamento dos atletas são feitos pela associação e nada da diretoria do Clube do Remo reconhecer a iniciativa. Só sei de uma coisa: não convidem para a mesma mesa o presidente Raimundo Ribeiro e o presidente da ATAR, Wilton Moreira.
Em outra ocasião voltarei a falar das associações, com relação ao trabalho social que elas desenvolvem. Vem muita coisa boa por aí. Aguardem.

Para começar...

O criador do blog não era muito próximo desse tipo de mídia para traduzir o que acontece no cotidiano do povo paraense, bem como para passar as informações para o público. Devido a farra de blogs que tomaram conta dos atentos e desconfiados comentários de seus autores entendi que poderia criar um blog para também mostrar o outro do lado dessa face que se tornou mais um canal de comunicação, agora muito mais interativo, onde qualquer pessoa pode expressar suas opiniões. Também, a intenção é clarear os blogueiros de plantão para as reais intenções dos diretores dos meios. Espero que seja possível capacitar esse diálogo com o máximo de eficiência e serenidade.

... e também

Ainda não acabou. Focas em Ação surge ainda com o objetivo de divulgar opiniões e trabalhos de acadêmicos de jornalismo que queiram disponibiliza-los para quem acompanhar o blog. Matérias interessantes, furos sem espaço em outros meios, o que for de interesse público terá seu espaço aqui. Entrevistas especiais com pessoas ligadas à comunicação também serão aproveitadas pelo blog. Enfim, postagens qualificadas e impactantes receberão um tratamento digno da liberdade da informação. Hum... não esquecendo de informar que a idéia do blog surgiu - também - após acessar o blog asassessorasqueamamos, um misto de interatividade com informação. Acessem: www.assessorasqueamamos.blogspot.com